
Pende em meu seio a haste branda e finaE não posso entender como é que, enfim,Essa tão rara flor abriu assim! …Milagre… fantasia… ou, talvez, sina…
Ó flor que em mim nasceste sem abrolhos,Que tem que sejam tristes os meus olhosSe eles são tristes pelo amor de ti?!…
Desde que em mim nasceste em noite calma,Voou ao longe a asa da minh’almaE nunca, nunca mais eu me entendi…
Florbela Espanca
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