sexta-feira, 8 de maio de 2009

Morangos


MORANGOS

Nunca houve morangos como os que tivemos naquela tarde tórrida sentados nos degraus da porta-janela aberta de frente um para o outro seus joelhos encostados nos meus os pratos azuis em nossos colosos morangos brilhando na luz quente do sol nós os mergulhamos em açúcar olhando um para o outro sem apressar a festa para chegar ao fimos pratos vazios deitados sobre a pedra juntos com os dois garfos cruzados e me aproximei de você dócil naquele ar nos meus braços abandonado como uma criança da sua boca ávida o gosto de morangos na minha memória inclina-se de volta deixe-me amá-la deixe o sol bater sobre o nosso esquecimento uma hora de tudo o calor intenso e o relâmpago de verão nas colinas de Kilpatrick deixe a tempestade lavar os pratos.
Edwin Morgan

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